Nesses últimos dias, o Espírito Santo tem despertado a Igreja a um encontro total com Deus o que tem gerado em toda a terra um desejo profundo de experimentar uma intimidade com o Pai. São multidões em busca do resgate e os crentes, sendo restaurados, vivendo a nova vida em Jesus numa experiência de uma fé renovada e avivada dia a dia.
Um dos instrumentos deste avivamento é exatamente o louvor e a adoração que expressa em músicas, cantos e danças a sede do coração do ser humano por mais de Deus e a alegria de estar na Sua presença. Do mesmo modo, creio que o coração de Deus nos é revelado em canções e gestos dançantes que nos envolvem com Seu amor cada vez que nos colocamos diante d’Ele em louvor e adoração.
No contexto de restauração da intimidade e espontaneidade na presença de Deus nos deparamos com uma rua de mão dupla, em que o Pai deseja satisfazer todas as nossas necessidades na Sua presença, tanto quanto deseja nossas expressões de louvor e gratidão.
A vinda do reino de Deus até a este mundo é assinalada pela restauração da alegria e do louvor da parte do Seu povo e de toda a Sua criação, louvor este que deve se originar numa alegria franca e na presença remidora do nosso Salvador. Assim, louvamos a Deus com danças por causa da Sua santidade, da criação e da redenção do ser humano. Nesse sentido, esse ato do louvor implica na mais íntima comunhão com Ele de maneira que a dança em adoração expressa e completa o desfrutamento de Sua Presença e relacionamento conosco numa celebração a Ele e com Ele.
É por isso que o louvor e a adoração não são atos separados do corpo de uma pessoa, ainda que sua vontade, sua razão, sua mente, seu emocional possam se referir separados. Estas são expressões que designam o ser humano como um todo. Não somos incumbidos de amar a Deus por partes específicas de nossa personalidade, mas com todo o nosso ser.
Assim o louvor e a adoração nas suas várias manifestações, inclusive a dança, traz um senso de dignidade muito grande, pois a natureza real do Trono do Altíssimo começa a fluir direto para o âmago de nossas vidas, proporcionando um gozo intenso diante da grandeza de Deus.
Para tanto é necessária uma entrega total e irrestrita na comunhão com o Pai a partir da atitude humilde na adoração sincera, espiritualmente viva e fisicamente expressa. Assim, o adorador com danças deve se despir de toda vontade própria para morrer em Cristo e ressuscitar com Ele para uma nova vida, para serví-Lo em espírito e sacrifícios agradáveis a Ele:
Sacrifícios agradáveis a Deus, são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito não desprezaras ó Deus. (Salmo 51:17)
Davi, como rei que era, se despiu de todo o orgulho e ainda ensinou a Israel a adorar em todos os níveis – com novos cânticos, novos instrumentos, com danças e novas expressões de louvor. Sua humildade de coração provocou uma resposta imediata do Espírito Santo de Deus através da alegria e do júbilo que invadiu todo o Israel.
Davi dançava com todas as suas forças diante do Senhor; e estava cingido duma estola sacerdotal de linho. Assim, Davi com todo Israel, fez subir a arca do Senhor, com júbilo, e ao som de trombetas. (II Samuel 6:14-15.)
Dessa maneira, a celebração da grandeza de Deus na Sua infinita misericórdia e bondade, a manifestação do Seu poder ou o testemunho da Sua fidelidade podem inspirar um louvor e uma adoração expressiva através da dança na Sua presença. No entanto, estas manifestações só podem ser realizadas verdadeiramente por um adorador liberto e sensível ao poder de Deus. Mas se prepare, as Micals (II Samuel 6: 20-23), as pessoas que podem querer ridicularizá-lo ou desprezá-lo pela sua postura de adoração, ainda existem.
Um verdadeiro adorador em dança possui um amor integral que envolve toda a sua existência, que requer entendimento, dedicação, esforço e que envolve desde sentimentos íntimos até atividades corporais particulares para desenvolver sua capacidade, seu talento e atitudes expressas em atos de amor e gratidão a Deus. (Lc 10:27.)
A dança no louvor e na adoração não é uma prática corporal por ela mesma, muito menos uma exibição artística como complemento ou um enfeite na liturgia. A dança, neste contexto, é parte integrante do louvor como um todo. Nela a essência de total entrega do adorador se manifesta por uma espontaneidade responsiva trazendo toda a congregação para momentos de júbilo, edificação, libertação e restauração na presença de Deus.
Dessa maneira, instigada pela promessa de restauração do Tabernáculo de Davi percebo a dança como parte integrante de todo o processo de louvor e adoração. Não considero aqui, a dança conquistando o seu espaço, penso que esta faz parte, assim como o canto e a música, da celebração e da aclamação ao Senhor Jesus. Aleluia!
Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento, obra do seu poder [...] Louvai-o com adufes e com danças [...] Todo ser que respira louve ao Senhor. Aleluia! (Salmo 150:1,4 e 6) [Fonte]
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