16.3.08

A Dança e o movimento Profético

A Dança e o movimento Profético

O movimento profético na dança é fruto de uma total entrega ao Senhor e de intimidade com Sua pessoa, e Sua personalidade, de uma maneira tal que nos “fundimos a Ele”. Assim, tornando-nos com nosso Mestre uma só peça que traz na sua plenitude o discurso corporal da vontade de Deus!

Descrevemos aqui algo sobre a vida de Isadora Duncan; uma artista inigualável do início do século passado. Isadora serviu a falsos deuses, embora sua vontade fosse exatamente de entregar-se e ser, através de seu corpo e movimento, um instrumento profético, dos deuses a quem serviu. É interessante contextualizar que o século XX, quando viveu Isadora, começa seu caminho abrindo mão de tudo já existente. Foram-se os corsets, bloomers (certos tipos de calções que os homens vestiam), anáguas (ou saias de baixo), sapatilhas com ponteiras e a moralidade da Era Vitoriana. Chegou o amor livre, compromissos “livres”, transporte livre, tudo livre... A sociedade contemporânea começa a fluir com a dança do povo. Em 1907, Rudolf Van Laban surge como contemporâneo da dança moderna. Seu interesse era o propósito espiritual da dança! Uma de suas seguidoras chamava-se Isadora Duncan.

Nascida em 1878 na Califórnia, desde pequena Isadora queria dançar da sua própria maneira. Com o encorajamento da mãe, a família se mudou para Nova Iorque e mais tarde para a Europa, buscando os anseios de Isadora sobre a dança. Quando se tornou mais velha, ela percebeu sua capacidade única e decidiu que somente a Grécia Helênica trazia a chave para sua carreira. Mudou-se mais uma vez, dessa vez para a Grécia, em 1903. Aos 25 anos, Isadora vivia no topo de um monte próximo de Atenas. Ela necessitava estar próximo a um templo para os deuses gregos e queria ter seu próprio anfiteatro... Seu desejo era viver como a velha Grécia vivia.

Ao examinarmos a cultura grega, a glorificação do corpo e da alma predomina. A adoração a deuses e a prostituição nos templos prevaleciam. Isadora desprezava o ballet estruturado e se auto denominava uma “poetisa em movimento”. Ela não se denominava uma artista de teatro, pois amava dançar em igrejas, jardins, festas e templos. Isadora buscou a expressão divina do espírito humano, e se seguisse seu instinto, acreditava que poderia se transformar na própria natureza. Então ela se tornaria o mar, o vento, as nuvens, o céu. Ela amou mais a criatura que o Criador.

“Por isso Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem seu corpo entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém.” Romanos 1: 24,25

Ela admitia que a produção artística da dança era fácil para ela. Ela afirmava receber e se relacionar com os espíritos. Ela ouvia uma melodia do “outro mundo” e através de orações e meditação, criava uma dança. Ela se comunicava em termos de movimento. Ela não podia imaginar usar seu instrumento, seu corpo, numa maneira tão restrita como o ballet. Sua dança trazia vida e expressão. Qualquer impressão que ela recebesse, ela dançava. Ela dançava com total abandono, e era vista por muitos como se estivesse flutuando ao brilho do sol, com seus pés raramente tocando o solo. Entretanto, sua vida foi uma tragédia moral e de corrupção. A adoração a ídolos deixa alguém sem entendimento, uma vítima da confusão. Triste ver alguém ao mesmo tempo tão dedicada e tão perdida!

“Por que para mim curvei Judá como um arco e o enchi de Efraim; suscitarei a teus filhos, Ó Sião, contra teus filhos, Ó Grécia! E te porei, Ó Sião, como a espada de um valente.” Zacarias 9: 13

O povo caldeu usava a dança como meio de educação para ensinar astronomia e ciência. Eles desenvolveram ballets para ensinar sobre o tempo e o ritual. Os babilônios e assírios tinham mais freqüentemente homens dançando, e suas mulheres eram profetas dançarinas do templo. Para os egípcios a dança era o carro-chefe da expressão religiosa. Eles desenvolviam encenações como uma ferramenta de ensino, e os jovens eram educados através da dança. Eles tinham o costume de treinar bailarinos como o rei Davi fazia. As danças hebraicas eram bem atléticas em estrutura. Eram feitas com coros. Os militares usavam a dança como um meio de treinamento. Essas pessoas dançavam como Davi, com delicadeza e liberdade. Dançavam ao som do coro e músicos. A dança era algo muito respeitado em Israel.

“Davi ia vestido de um manto de linho fino, como também todos os levitas que levavam a arca e os cantores, e Quenanias, chefe dos que levavam a arca e dos cantores; Davi vestia também uma estola sacerdotal de linho. Assim todo o Israel vez subir com júbilo a arca da aliança do Senhor, ao som de clarins, de trombetas , de címbalos, fazendo ressoar alaúdes e harpas. Ao entrar a arca da Aliança do Senhor na cidade de Davi, Mical, filha de Saul, estava olhando pela janela e ,vendo o rei Davi dançando e folgando, o desprezou no seu coração” I Crônicas 15: 27-29

Mesmo sendo uma “nação dançante”, Israel tinha pessoas que se escandalizavam com dança ao redor da arca, mesmo sendo seu rei! Mical é o protótipo dos juízes, pessoas que não fluem e movem com Deus e Sua Santa Presença. Começam a criticar baseados em cuidados humanos e não percebem que a própria presença de Deus está lá, palpável, tocável! E por causa de seu julgamento, eles se tornam estéreis espiritualmente como Mical (II Sm. 6: 23)! Davi é o protótipo de Jesus que dança perante o Pai rejubilando-se pela Sua presença que tem sido buscada e resgatada nestes dias. Deus fala a Ezequiel:

“Bate as palmas, bate com os pés e dize: Ah! Por todas as terríveis abominações da casa de Israel! Pois cairão à espada, e de fome, e de peste”. Ezequiel 6: 11

Essa é uma dança profética de condenação do Seu povo! Deus se levanta contra a idolatria de Seu povo dando sua sentença através de palmas e dança! Jesus compara a geração de seu tempo, com aquela que não dança quando se toca música:

“São semelhantes a meninos que, sentados na praça, gritam uns para os outros: Nós vos tocamos flauta e não dançastes; entoamos lamentações, e não chorastes”. Lucas 7: 32

Quantas vezes canções são tocadas na igreja, cânticos entoados e ninguém dança ou se alegra! Quantas vezes há necessidade de quebrantamento e choro e não o fazemos! A presença de Deus sempre traz mudanças e desafios! Homens e mulheres tocados por Deus ganham uma nova visão de assuntos espirituais, assim como Isadora, que ganhou uma visão espiritual enganosa porque seus deuses eram falsos, mas sua intenção era a de buscá-Lo e se entregar a Ele, e a Seu comando. Há ainda muito a se aprender e descobrir do que Deus nos tem dado com relação à dança profética diante do Rei! [Fonte]

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu acho muito interessante se estudar sobre as maravilhas do Senhor!!!
É muito importante conhecer a cada dia mais formas de sempre estar adorando ao nosso Rei!!! nunca afastando de Sua presença tão preciosa!!!